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A Servitec Foraco participou do PDAC 2019 e foi um sucesso. A publicação do artigo do presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Luis Azevedo, sobre o Prospectors and Developers Association of Canada (PDAC) 2019, que aconteceu no início deste mês em Toronto, no Canadá.

O PDAC de 2019 foi certamente diferente daquilo que os brasileiros esperavam quando compraram suas passagens sabendo que deixavam o Carnaval em busca do capital. As dúvidas de como o governo brasileiro reagiria depois da tragédia de Brumadinho assolavam a cabeça de todos os brasileiros presentes. Podíamos ver no semblante e humor de cada um ali presente.

Percebia-se o dilema de falar do assunto e aumentar o acidente, afastando ainda mais o investidor, ou não comentar e transmitir a indiferença. Bem, acreditamos que o discurso do ministro Bento foi um alento a todos. Claro, simples e direto, ele se desculpou pelo acidente, mas deixou claro que o governo sabe a importância do setor, e pretende agir.

Mas também ratificou que a pauta do governo continua sendo “de criar os meios para facilitar a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos em nosso país”. E foi além, dizendo que “um dos maiores compromissos do governo do presidente Bolsonaro é impulsionar o comércio exterior, integrando o Brasil efetivamente ao mundo, por meio da incorporação das melhores práticas internacionais”.

Falou ainda que vamos discutir mineração em terras indígenas, monopólio de minerais nucleares, etc.

Uma coisa bem clara foi que, após o colapso da barragem de rejeitos no Brasil, se faz mundialmente uma grande discussão sobre o gerenciamento de rejeitos, e as potenciais respostas regulatórias e interferência do tema na licença social no setor de mineração.

O Canadian Dam Association (CDA) mostra-se preocupado, e foi enfático, dizendo que este é um problema mundial, não somente do Brasil. E, apesar de ser o Canadá um líder em práticas sustentáveis, o gerenciamento de rejeitos deve ser revisto. Também lembrou que mundialmente a cada dois anos tem-se um acidente com barragens. Discutiu-se a necessidade de um código operacional de barragens para o setor de mineração em geral.

Em termos de mercado, todo o PDAC girou sobre rumores, especulações da mega fusão da Newmont e Barrick, que trouxe um certo conforto com pequena alta dos preços do ouro. Especialistas se perguntavam o que significa a fusão para a transação da Newmont-Goldcorp; a integração da Barrick e Randgold; e o efeito cascata desta enorme concentração sobre o restante do setor de ouro.

Um fato importante na pauta de banqueiros e investidores é a constatação que os preços das ações das mineradoras continuam a ficar aquém do aumento dos preços das commodities; e uma pergunta sem resposta é quando voltam os capitais para as mineradoras.

As juniores que estavam entusiasmadas com a possibilidade de voltarem os financiamentos M & A e IPOs continuam à espera, mas estes são cada vez mais escassos. A falta de financiamento está tornando difícil a exploração, o que impede as novas descobertas. Diante dos os preços atuais das ações, muitos juniores hesitam em querer se envolver em emissões diluidoras, indo atrás de royalties, streams que proliferam já até segmentadas por setores.

O resumo geral do PDAC 2019 é que continuamos com um grande dever de casa à nossa frente: como atrair valor no setor de mineração, como atrair financiamento, e é um desafio a mais não deixar que o acidente torne o país ainda mais burocrático e lento no desenvolvimento de projetos, e por sua vez, menos competitivo.

fonte: http://www.abpm.net.br/noticia/balanco-do-pdac-2019




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